Em geral, até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não possuíam os mesmos direitos que eles, ou seja, não tinham poder de escolha pois estavam restritas aos afazeres domésticos e a educação dos filhos. Nesse contexto, não podiam trabalhar fora, ao mesmo tempo que não tinham acesso aos assuntos relacionados com política ou economia.
Na Revolução Francesa (1789) a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, escrito no ano da Revolução, foi combatida pela “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, escrito pela feminista francesa Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791. No documento, ela criticava a Declaração da Revolução, pois era somente aplicada aos homens. Além disso, alertava para a autoridade masculina e a importância das mulheres e da igualdade de direitos. Por esse motivo, a revolucionária foi executada em Paris, dia 3 de novembro de 1793. No entanto, sua morte, considerada um marco do feminismo no mundo, fez surgir diversos movimentos feministas posteriores.
Entretanto, foi a partir da Revolução Industrial no século XIX, que esse panorama muda de maneira substancial. As mulheres já começam a trabalhar nas fábricas, fazendo parte da força económica do país. Assim, aos poucos, os movimentos feministas espalhados pelo mundo foram tomando corpo e cada vez mais lutando e conquistando diversos direitos reivindicados pelas mulheres (direito à educação, voto, contrato, propriedade, divórcio, igualdade de salários, aborto, etc.).
Nas culturas ocidentais, o movimento feminista passou a adquirir maior visibilidade a partir do século XX. Sem dúvida, a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1908-1986) foi uma das maiores teóricas e representantes do feminismo mundial. Sobre o assunto, sua obra de referência é o ensaio intitulado “O Segundo Sexo” (1949), onde faz uma análise sobre o papel das mulheres na sociedade. Segundo ela, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.
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